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História da Catedral

Até o final da década de 1930 os fiéis ortodoxos de São Paulo tinham somente a pequena igreja da antiga Rua Itobi, hoje Rua Cavalheiro Basílio Jafet, na região da Rua 25 de Março, para praticar seus ritos e cumprir os preceitos religiosos.

Em 1939 foi comprado um terreno na Rua Vergueiro, no bairro do Paraíso, onde foi construído o mais esplendoroso e maior templo bizantino da América do Sul, dedicada ao Santo Apóstolo Paulo, padroeiro da cidade.

Seu projeto foi concebido pelo arquiteto Paulo Taufik Camasmie, em puro estilo bizantino, nos moldes da grande Basílica de Santa Sofia de Constantinopla (atual Istambul na Turquia).

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Foto da antiga Igreja da Anunciação à Nossa Senhora (na região da 25 de Março), fundada em 1904, sendo a primeira igreja ortodoxa do Brasil.

A Catedral Ortodoxa de São Paulo foi inaugurada em janeiro de 1954, tendo sido consagrada pelo Patriarca Elias IV e o Metropolita Ignátios Ferzli em 1978. 

A Catedral também serve de Sé Arquiepiscopal da Arquidiocese Ortodoxa Antioquina de São Paulo e todo o Brasil, que tem subordinação à jurisdição eclesiástica do Patriarcado da Antioquia, sendo responsável pelo serviço religioso ortodoxo antioquino de São Paulo, assim como em todo o Brasil, com templos e outras paróquias espalhadas pelo país.

Arquitetura da Catedral

A Catedral Metropolitana Ortodoxa é uma construção típica da arquitetura bizantina, inspirada na Basílica de Santa Sofia em Constantinopla, capital do Império Bizantino, atual Istambul, localizada no território da Turquia, como já dito anteriormente. A arte bizantina tem como objetivo expressar a autoridade absoluta do Imperador, considerando-o sagrado, um representante de Deus com poderes temporais e espirituais. No caso da Catedral Ortodoxa de São Paulo, destaca-se o equilíbrio de uma grande cúpula sobre uma planta quadrada. Internamente possui uma sucessão de janelas e arcos, criando um espaço de grande beleza e amplitude.

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A pintura interna merece destaque. Seus vitrais são verdadeiras obras de arte, bem como os ícones pintados em afrescos e telas, revestindo as paredes internas. No altar e nas laterais há fileiras de colunas marmorizadas cujos capitéis dourados são em estilo coríntio. Seu revestimento interno é feito em mármore da região de Carrara (Itália), inclusive o iconostácio, diferenciando-o de outras igrejas ortodoxas que, na sua maioria, utilizam a madeira como matéria prima.

O Iconostácio da Catedral Ortodoxa Metropolitana contém 65 ícones e é encimado por três cruzes ("tripostatos", palavra de origem grega que significa a localização do tríplice altar para o sagrado ofício da Santa Missa). No centro, onde há a porta régia, pode-se observar do lado direito ao ícone de Jesus Cristo, a imagem de São João Batista, o precursor de Jesus e do lado esquerdo, a imagem de Nossa Senhora e do padroeiro da Igreja, que neste caso é o Santo Apóstolo Paulo.

Outros ícones compoem o iconostácio, dentre os quais destacam-se Santo Elias, São Jorge, os Arcanjos Rafael, Miguel e Gabriel, a Anunciação da Virgem Maria, Santo Inácio, Santa Bárbara, Santa Tacla, Santa Maria do Egito, São João Crisóstomo, São João Damasceno, São Cosme e São Damião e os doze Apóstolos.

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